Perguntas frequentes
Não, há critérios de inclusão e de exclusão definidos para este tratamento. Para garantir a segurança dos pacientes, a Consulta de Avaliação tem o propósito de verificar a elegibilidade para este tratamento e verificar se existem ou não critérios de exclusão para o mesmo, seguindo um rigoroso protocolo clínico. Idealmente, deverá também existir uma referenciação a este tratamento por parte do médico psiquiatra assistente, o qual deverá ser contactado pela nossa equipa, de forma a validar o diagnóstico e informação prestada pelo utente. Os critérios de exclusão incluem determinadas condições psiquiátricas, como história pessoal e familiar de episódios psicóticos, esquizofrenia, perturbação afetiva bipolar tipo 1 ou perturbação de personalidade grave. Existem contraindicações físicas, como doença vascular coronária, hipertensão arterial não-controlada, patologia tiroideia, epilepsia e apneia do sono. Atendendo às especificidades do tratamento, é também necessário garantir a existência de uma rede sociofamiliar de suporte e a presença de um acompanhante ou pessoa de referência no final de cada Sessão de Dosagem.
O tratamento destina-se a pessoas que tenham como diagnóstico principal o de depressão resistente ao tratamento, definida por um episódio de depressão major sem resposta significativa após o uso prévio de pelo menos dois antidepressivos, em dose e duração adequados. A presença de outras comorbilidades psiquiátricas será investigada na Consulta de Avaliação.
Sim. O tratamento pode (e deve) ser combinado com o seu seguimento atual em consultas de Psiquiatria e/ou Psicologia. Para sua segurança, ao longo do tratamento, a equipa médica procurará manter-se em contacto com o seu médico psiquiatra e/ou psicólogo assistente. No final do tratamento será garantida uma continuação de cuidados.
Sim. O tratamento é compatível com a grande maioria dos fármacos utilizados em Psiquiatria, incluindo outros fármacos antidepressivos. Caso tenha elegibilidade para este tratamento, o médico que o acompanhará poderá orientá-lo na gestão de alguns medicamentos que poderão interferir com o tratamento (p.ex. benzodiazepinas ou lamotrigina).
O fármaco utilizado é seguro, utilizado há muitos anos como anestésico, em doses muito mais elevadas do que aquelas que são utilizadas neste tratamento. Serão discutidos os efeitos esperados ao longo do tratamento, incluindo os efeitos laterais que são maioritariamente benignos e transitórios. Estará sempre acompanhado por um médico, capaz de prontamente gerir qualquer eventual intercorrência.
O fármaco utilizado neste tratamento tem sido estudado em Psiquiatria desde há mais de 50 anos. Nas duas últimas décadas, tem emergido evidência que a torna uma opção terapêutica descrita nos principais livros de psicofarmacologia, sendo atualmente investigada em conjunto com tratamentos estabelecidos para a Depressão Resistente ao Tratamento, como a Eletroconvulsivoterapia e a Estimulação Magnética Transcraniana. Contudo, e à semelhança desses e outros tratamentos em Psiquiatria, nem todos os pacientes respondem eficazmente ao tratamento com este medicamento.
Os efeitos do tratamento dividem-se em psicológicos e físicos. Geralmente são facilmente controláveis com instruções simples por parte do médico e/ou intervenções farmacológicas.
Além dos mecanismos de ação antidepressiva a nível neurobiológico, os principais efeitos psicológicos do fármaco utilizado também se associam ao seu mecanismo terapêutico. Este tem a capacidade de modificar de forma transitória o conteúdo da consciência, tornando possível a exploração de novas perspetivas sobre si próprio ou sobre o mundo que o rodeia. Em contextos medicamente seguros, estas experiências psicológicas subjetivas induzidas podem apresentar valor terapêutico e podem associar-se a maior eficácia terapêutica antidepressiva e a mudanças comportamentais positivas. Este efeito pode, também, conferir-lhe um estado de maior vulnerabilidade psicológica, que exige uma conduta ética por parte do seu médico. Destacam-se outros efeitos psicológicos possíveis durante a administração: alterações do humor, sedação, alterações da vivência do Eu, alterações da memória, alterações da perceção do tempo, alterações da perceção visual e auditiva, alterações do curso do pensamento ou agitação. Após o efeito agudo, poderá persistir uma ligeira sensibilidade sensorial e algumas alterações no estado do humor, percecionadas tipicamente como positivas. Tem sido também demonstrada ação antissuicidária na maioria das pessoas, embora nalguns casos possa agravar a ideação suicida: caso tal se verifique, deverá informar prontamente o médico. Embora o medicamento utilizado seja uma substância com potencial de abuso, a sua aplicação em contextos medicamente seguros e no esquema de tratamento proposto não induz sintomas de dependência ou desejo da sua utilização fora deste contexto. Caso experiencie tais sintomas, deverá informar prontamente o médico. Não há evidência de risco aumentado de psicose após o uso do medicamento.
Os efeitos físicos são tipicamente transitórios e benignos. Para sua segurança, durante as sessões de dosagem será avaliada a sua pressão arterial e frequência cardíaca, dado que poderá ocorrer uma elevação ligeira destes parâmetros. Entre outros efeitos comuns destacam-se: boca seca, náuseas, visão turva, tonturas, dormência no corpo ou descoordenação motora. De forma menos comum poderá apresentar diplopia, cefaleia, desconforto abdominal ou gástrico, vómitos ou lentificação psicomotora. Toxicidade do trato urinário, hepatotoxicidade ou dificuldade respiratória são efeitos raros; caso ocorram, serão geridos pelo seu médico. Poderão ocorrer reações cutâneas temporárias no local de administração.
Além dos mecanismos de ação antidepressiva a nível neurobiológico, os principais efeitos psicológicos do fármaco utilizado também se associam ao seu mecanismo terapêutico. Este tem a capacidade de modificar de forma transitória o conteúdo da consciência, tornando possível a exploração de novas perspetivas sobre si próprio ou sobre o mundo que o rodeia. Em contextos medicamente seguros, estas experiências psicológicas subjetivas induzidas podem apresentar valor terapêutico e podem associar-se a maior eficácia terapêutica antidepressiva e a mudanças comportamentais positivas. Este efeito pode, também, conferir-lhe um estado de maior vulnerabilidade psicológica, que exige uma conduta ética por parte do seu médico. Destacam-se outros efeitos psicológicos possíveis durante a administração: alterações do humor, sedação, alterações da vivência do Eu, alterações da memória, alterações da perceção do tempo, alterações da perceção visual e auditiva, alterações do curso do pensamento ou agitação. Após o efeito agudo, poderá persistir uma ligeira sensibilidade sensorial e algumas alterações no estado do humor, percecionadas tipicamente como positivas. Tem sido também demonstrada ação antissuicidária na maioria das pessoas, embora nalguns casos possa agravar a ideação suicida: caso tal se verifique, deverá informar prontamente o médico. Embora o medicamento utilizado seja uma substância com potencial de abuso, a sua aplicação em contextos medicamente seguros e no esquema de tratamento proposto não induz sintomas de dependência ou desejo da sua utilização fora deste contexto. Caso experiencie tais sintomas, deverá informar prontamente o médico. Não há evidência de risco aumentado de psicose após o uso do medicamento.
Os efeitos físicos são tipicamente transitórios e benignos. Para sua segurança, durante as sessões de dosagem será avaliada a sua pressão arterial e frequência cardíaca, dado que poderá ocorrer uma elevação ligeira destes parâmetros. Entre outros efeitos comuns destacam-se: boca seca, náuseas, visão turva, tonturas, dormência no corpo ou descoordenação motora. De forma menos comum poderá apresentar diplopia, cefaleia, desconforto abdominal ou gástrico, vómitos ou lentificação psicomotora. Toxicidade do trato urinário, hepatotoxicidade ou dificuldade respiratória são efeitos raros; caso ocorram, serão geridos pelo seu médico. Poderão ocorrer reações cutâneas temporárias no local de administração.
O número total de sessões de Dosagem e de Integração terão necessariamente em conta a evolução clínica dos sintomas, sendo uma decisão partilhada entre médico e paciente. Alinhado com a evidência científica disponível, de uma forma geral, recomendamos que realize um mínimo de 4 administrações do fármaco. Alguns pacientes poderão necessitar de novas administrações do fármaco de forma a sustentar os efeitos terapêuticos, ainda que estas possam ser mais espaçadas no tempo.
Ainda que tal dependa do número total de sessões de Dosagem e/ou de Integração, geralmente os tratamentos são realizados ao longo de 4 a 5 semanas, sempre no período da tarde. Geralmente, terá de se dirigir à clínica 2 a 3 vezes por semana ao longo do tratamento para as respetivas sessões.
Havendo indicação clínica para iniciar o tratamento, será estruturado um plano de tratamento de acordo com as disponibilidades da equipa e as vagas existentes. No caso de estarem preenchidas todas as vagas disponíveis, é possível que não inicie o tratamento de forma imediata. A equipa fará todos os esforços para dar uma resposta às suas necessidades da forma mais célere possível.
Previamente às Sessões de Dosagem, deverá cumprir jejum de pelo menos 4 horas antes da sessão. Não deverá ingerir bebidas alcoólicas ou outras substâncias psicoativas não prescritas nas 48 horas prévias à sessão. Deverá cumprir com as indicações dadas nas sessões de preparação por parte do médico sobre o uso de determinados medicamentos.
Após as Sessões de Dosagem, a alta clínica só será permitida na companhia de uma pessoa de referência por si indicada. Não deverá ingerir bebidas alcoólicas ou outras substâncias psicoativas não prescritas nas 48 horas posteriores à sessão. Não é recomendado fazer exercício após a sessão ou conduzir até ao dia seguinte. Deverá descansar ou ocupar-se de atividades tranquilas, previsíveis ou relaxantes durante o resto do dia. Não tome decisões importantes nos dias após as sessões de dosagem.
Após as Sessões de Dosagem, a alta clínica só será permitida na companhia de uma pessoa de referência por si indicada. Não deverá ingerir bebidas alcoólicas ou outras substâncias psicoativas não prescritas nas 48 horas posteriores à sessão. Não é recomendado fazer exercício após a sessão ou conduzir até ao dia seguinte. Deverá descansar ou ocupar-se de atividades tranquilas, previsíveis ou relaxantes durante o resto do dia. Não tome decisões importantes nos dias após as sessões de dosagem.